segunda-feira, 13 de junho de 2011

A LENDA DO CABEÇA DE CUIA

Contam que Crispim era um pescador que vivia da pesca nas águas do Rio Parnaíba e habitava as suas margens, nas imediações em que o rio recebe as águas do Rio Poti, na zona norte de Teresina. Morava com a mãe já velha e adoentada.
Certa vez, depois de passar um dia inteiro sem nada conseguir pescar, Crispim volta para casa cheio de frustração e revolta. Pede à mãe alguma coisa para comer e esta lhe serve o que pode: uma rala sopa de osso. Irritado, Crispim grita que aquilo é comida para cachorro e, em seguida, pega o osso e parte para cima da mãe, atingindo-a várias vezes.
Desesperado, o pescador sai correndo porta afora e joga-se nas águas do rio, enquanto a mãe, agonizando, lança-lhe uma maldição: haveria de se transformar num terrível monstro, que só descansaria quando lhe forem sacrificadas 7 virgens chamadas Maria.
Crispim vira o Cabeça-de-Cuia, que surge do fundo das águas para assustar as lavadeiras e ameaçar os pescadores que pesquem em excesso, além do que precisam. Dizem que, durante a noite, o Cabeça-de-Cuia se transforma num velho e sai vagando pelas ruas de Teresina.




2 comentários:

  1. Que interessante, Tânia!
    Eu não conhecia essa lenda. Obrigada por partilhar.
    Um beijo!

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  2. Eu também não conhecia essa lenda. Nosso folclore é tão rico e criativo!Fiquei curiosa para saber como se desenvolve esta lenda.
    Um beijo,
    yasmin

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