Estudantes da sétima série da Escola Liceu Salesiano Leão XIII participaram na quarta-feira, 12, de uma importante reflexão sobre o “bullying” nas escolas. Muito debatido em todo o país, o assunto é tema do livro “Perseguição” da escritora paulista Tânia Martinelli. E para falar sobre isso ninguém melhor do que ela.
Durante a palestra realizada pela autora, olhares atentos e, para muitos deles, a sensação de que situação dos personagens do livro lhe era familiar. O termo "bullying", segundo o site www.bullying.com.br, compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por professores ou estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Isso é exatamente o que a estudante Ana Carolina de Abreu de 12 anos, afirma passar quase todos os dias. Frequentemente acontece de colegas a chamarem por apelidos como “nerd, CDF, Enciclopédia, Wikipédia”, e dezenas de outros. Tudo isso devido ao bom desempenho na escola e por gostar de estudar e aprender. “Não me importo muito, costumo levar na brincadeira, mas tudo depende de como a pessoa fala, se é para ofender ou é brincando. Já aconteceu de uma professora me chamar de nerd. Nesse caso, meu pai veio na escola e reclamou”, explica a menina.
Esse mesmo constrangimento é vivido pelo jovem Guilherme Castro Pedone, de 13 anos, que também costuma receber apelidos como esses. “Também procuro levar na brincadeira, porque antes eu ser nerd do que burro”, diverte-se. Mesmo assim, quando o apelido vem em forma de ofensa, ele garante que fica magoado.
Segundo Tânia Martinelli, a grande maioria dos estudantes já sofreu algum tipo de constrangimento como esse. Em sua palestra, ela aborda o que é o "bullying", por que ocorre, as causas e como controlar isso. “Atualmente há uma grande preocupação das escolas em trabalhar para evitar e controlar casos como esses. Isso acontece através da denúncia para professores, coordenador, diretor e deve ser feita no dia-a-dia. Pessoas que são vítimas, geralmente, têm medo de que a situação se torne pior, mas, pelo contrário, é preciso falar”, disse.
A jovem Ana Carolina afirma que, após a palestra, acredita que mudará seu comportamento em relação as ofensas, mas principalmente espera ver a mudança de atitude nos colega.
Escritora há 12 anos, Tânia diz que seu objetivo principal com as obras é a Literatura, o incentivo à leitura e trabalhar os personagens. No entanto, agregado a isso, ela sempre busca fazer uma reflexão de problemáticas reais do universo do adolescente.
Além do Salesiano, na terça e quarta-feira, ela realizou palestras em outras sete escolas da rede municipal de ensino para alunos de 4ª a 8ª séries, onde abordou também o tema dos livros “A rua é meu quintal”, que trata de problemas sociais; “Quero ser belo”, que aborda o consumismo e a ditadura da beleza e “Rio vivo, rio morto”, sobre o meio ambiente. A vinda da escritora a Rio Grande é uma promoção do projeto Leva Ler – Leitura é Vida, da Livraria Vanguarda em uma parceria com a Editora Saraiva e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec).
Melina Brum Cezar (Jornal Agora)
Rio Grande, 15 de maio de 2010.
Durante a palestra realizada pela autora, olhares atentos e, para muitos deles, a sensação de que situação dos personagens do livro lhe era familiar. O termo "bullying", segundo o site www.bullying.com.br, compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por professores ou estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Isso é exatamente o que a estudante Ana Carolina de Abreu de 12 anos, afirma passar quase todos os dias. Frequentemente acontece de colegas a chamarem por apelidos como “nerd, CDF, Enciclopédia, Wikipédia”, e dezenas de outros. Tudo isso devido ao bom desempenho na escola e por gostar de estudar e aprender. “Não me importo muito, costumo levar na brincadeira, mas tudo depende de como a pessoa fala, se é para ofender ou é brincando. Já aconteceu de uma professora me chamar de nerd. Nesse caso, meu pai veio na escola e reclamou”, explica a menina.
Esse mesmo constrangimento é vivido pelo jovem Guilherme Castro Pedone, de 13 anos, que também costuma receber apelidos como esses. “Também procuro levar na brincadeira, porque antes eu ser nerd do que burro”, diverte-se. Mesmo assim, quando o apelido vem em forma de ofensa, ele garante que fica magoado.
Segundo Tânia Martinelli, a grande maioria dos estudantes já sofreu algum tipo de constrangimento como esse. Em sua palestra, ela aborda o que é o "bullying", por que ocorre, as causas e como controlar isso. “Atualmente há uma grande preocupação das escolas em trabalhar para evitar e controlar casos como esses. Isso acontece através da denúncia para professores, coordenador, diretor e deve ser feita no dia-a-dia. Pessoas que são vítimas, geralmente, têm medo de que a situação se torne pior, mas, pelo contrário, é preciso falar”, disse.
A jovem Ana Carolina afirma que, após a palestra, acredita que mudará seu comportamento em relação as ofensas, mas principalmente espera ver a mudança de atitude nos colega.
Escritora há 12 anos, Tânia diz que seu objetivo principal com as obras é a Literatura, o incentivo à leitura e trabalhar os personagens. No entanto, agregado a isso, ela sempre busca fazer uma reflexão de problemáticas reais do universo do adolescente.
Além do Salesiano, na terça e quarta-feira, ela realizou palestras em outras sete escolas da rede municipal de ensino para alunos de 4ª a 8ª séries, onde abordou também o tema dos livros “A rua é meu quintal”, que trata de problemas sociais; “Quero ser belo”, que aborda o consumismo e a ditadura da beleza e “Rio vivo, rio morto”, sobre o meio ambiente. A vinda da escritora a Rio Grande é uma promoção do projeto Leva Ler – Leitura é Vida, da Livraria Vanguarda em uma parceria com a Editora Saraiva e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec).
Melina Brum Cezar (Jornal Agora)
Rio Grande, 15 de maio de 2010.
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